Perguntamos às pessoas o que elas fazem quando não podem pagar seus remédios

'Eu aceito qualquer coisa para a dor', eu implorei ao meu irmão mais velho no telefone, enrolado em uma bola na calçada. Eu tinha dezoito anos na época e nunca tinha fumado um cigarro, muito menos usado drogas, mas aqui estava eu, implorando para que ele me comprasse narcóticos de um traficante local que ele conhecia. Apenas momentos antes, uma dor lancinante havia me dominado antes que eu pudesse alcançar meu Honda verde perto da loja em que eu trabalhava. O calor se espalhou pela parte superior das minhas coxas e parte inferior do abdômen, fazendo-me cair de joelhos e chamar meu irmão em lágrimas. Levaria mais dois anos até que os médicos me diagnosticassem com endometriose, uma condição em que o tecido que normalmente reveste o útero cresce fora dele – produzindo dores agudas e agonizantes no abdômen para muitos, inclusive para mim. Inúmeras visitas ao hospital e rodadas de antibióticos não fizeram nada para aliviar a dor, mas as contas continuavam se acumulando. Na época, eu ganhava pouco mais do que o salário mínimo e mal conseguia me sustentar — a ideia de acumular milhares de dívidas médicas sem esperança de cura parecia insondável. Leia mais em Tônico